


Na noite do dia 2 de julho, a Escola Educar-se promoveu mais um momento especial de formação para seus colaboradores. A convidada da vez foi a pesquisadora Ana Cláudia Munari Domingos, bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq, que trouxe uma reflexão sobre os impactos, riscos e potencialidades das Inteligências Artificiais, como Copilot, ChatGPT e Gemini, no cenário atual e no universo educacional.
Com uma abordagem clara e instigante, Ana Cláudia destacou que o funcionamento desses modelos de IA exige grandes volumes de recursos naturais. O resfriamento dos data centers, por exemplo, consome significativa quantidade de água potável: apenas o treinamento do modelo GPT-3 utilizou cerca de 5,4 milhões de litros, o equivalente ao consumo anual de 70 residências nos Estados Unidos. Além disso, cada interação com essas tecnologias pode representar o consumo de até 2 litros de água, dependendo da infraestrutura utilizada. Ela também ressaltou o impacto energético, explicando que a IA já responde por 0,5% de toda a eletricidade consumida no mundo, com previsões de crescimento nos próximos anos.
No campo educacional, a pesquisadora alertou para desafios importantes, como o risco de dependência tecnológica, questões de privacidade e segurança de dados, desigualdade de acesso e até mesmo possíveis impactos no desenvolvimento cognitivo e social de crianças e jovens.
Ela destacou que o papel da escola e dos educadores é essencial para transformar a IA em uma ferramenta de aprendizado, que contribua para o desenvolvimento do pensamento crítico, estimule investigações e promova o ensino personalizado. Mais do que nunca, o debate sobre o uso dessas tecnologias precisa estar presente no ambiente escolar, preparando os estudantes para os desafios e oportunidades de um mundo cada vez mais conectado.



