Entre protocolos, medidas de segurança e muita vontade de aprender e de ensinar, a Escola de Educação Básica Educar-se, de Santa Cruz do Sul/RS, conclui as duas primeiras semanas de aula com avaliação positiva sobre o retorno.

No novo cenário, as turmas são recebidas seguindo todos os procedimentos necessários. Os pequenos estudantes do Nível III, da Educação Infantil, foram os primeiros a retornar, no dia 22 de setembro. Já os dos níveis I e II recomeçaram no dia 28, mesmo dia escolhido para o Ensino Médio.

De acordo com a coordenadora pedagógica da Educação Infantil e Anos Iniciais, Karen da Costa Sippel, além de oportunizar importantes aprendizagens, o ensino remoto reafirmou o quanto é pulsante estar na convivência da escola. “Isso observamos neste retorno gradual à presencialidade. Mesmo com todas as alterações em virtude dos protocolos, está sendo um momento tranquilo e de novas vivências”.

Mãe da estudante Isabelle (foto), do Nível III, a professora Sayonara Escalante Farias destaca o empenho da Educar-se. “Pensar no retorno das aulas nos trouxe alguns anseios e insegurança. No entanto, logo na reunião de pais foi possível perceber que a Escola estava preparada e aberta para construir esse momento, o que nos passou a certeza de que, sim, era possível recomeçar”.

É tempo de um novo olhar

Estudante do terceiro ano do Ensino Médio, Mateus Schwengber (foto) voltou à Escola no dia 28, primeiro dia de aula da turma. “Me senti muito confiante ao retornar. Além de todo o equipamento e preparação dos professores, as medidas de higiene e saúde me deixaram mais confortável”.

Ele também acredita que o papel exercido pela Educar-se tem sido fundamental no retorno. “A compreensão por parte da Escola, em relação às inseguranças dos alunos, mostra a dedicação e comprometimento da equipe diretiva para com o ensino de qualidade e a segurança de todos”, afirma.

Nesse contexto, a coordenadora pedagógica dos Anos Finais e Ensino Médio, Geovane Aparecida Puntel, cita o acolhimento, a escuta e a empatia como práticas imprescindíveis no novo cotidiano. “Voltar à rotina da presencialidade e, ao mesmo tempo, de estudos remotos requer paciência, resiliência e readaptações de todos. Estar atento a cada indivíduo e recomeçar, olhando para tudo e ressignificando o que se viveu durante o distanciamento”.

A psicóloga Fátima Corá Brandt, mãe do estudante do Ensino Médio, Rafael Brandt, acredita que, apesar dos receios, é preciso continuar. “Estamos com medo e inseguros, mas, de certa forma, acreditando na necessidade de seguirmos vivendo e se arriscando um pouquinho por vez, tomando todas as precauções possíveis e logo naturalizando essa nova forma de estar no mundo”.