Estudos e vivências com indígenas Guarani e Kaingang na Escola Educar-se resultaram na publicação do capítulo Kamé e kairu: concepções cosmológicas na educação básica para o estudo do grafismo kaingang, no livro Políticas Públicas – Educação & Diversidade, da Editora Científica Digital.

O texto é de autoria dos professores Ivan Jeferson Kappaun, de Artes, e Liliane Frantz, de Filosofia, que desenvolveram projeto com as turmas 61 e 62, durante o ano de 2019. Na época, foram promovidas saída de campo para a aldeia Foxá, de Lajeado; e produções artísticas.

A partir disso, os docentes produziram um resumo para envio a um evento na Univates. “Uma vez aceito para apresentação, foi feita a escrita completa do artigo”, explica Ivan. Após, o trabalho foi apresentado no 2º Seminário Internacional e 3º Seminário Nacional Formação Pedagógica e Pensamento Nômade: ensino, docência e criação (2020) da referida instituição, seguido de publicação nos anais do evento.

“Por fim, a Editora Científica manifestou interesse e uma versão foi publicada como capítulo de livro na obra organizada por Flávio Aparecido de Almeida”, acrescenta Ivan. Além disso, os educadores ainda foram convidados a realizar uma fala com uma turma de acadêmicos do curso de Música da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Professora Liliane Frantz
Professor Ivan Kappaun

A seguir, confira um trecho de artigo:

A experiência nos fez refletir acerca dos paradoxos que constituem nossa relação com a cultura indígena, bem como repensar os modos como nos relacionamos com a natureza, com os outros e conosco. Assim, foi possível conhecer e repensar nossas origens de matriz indígena, bem como as relações que estabelecemos com esses povos, ampliando reflexões acerca da constituição identitária indígena nos dias atuais, no tocante às relações com os não-indígenas, à demarcação de terras, à história e à cultura, de modo a desconstruir estereótipos, combater preconceitos e exercitar o respeito a diferentes culturas. Reconhecemos a cultura indígena como parte integrante e essencial da nossa comunidade; portanto, vivenciar e conhecer esses saberes é fundamental para constituirmos uma sociedade na qual prevaleça a equidade e que exercite vínculos mais potentes de convivência e de diálogo entre as diversidades.

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