As turmas 51 e 52 viveram momentos de discussão sobre sobre racismo, branquitude e subjetividade no ambiente escolar, a partir de práticas pedagógicas de ressarcimento, nas últimas semanas.

Durante o mês de setembro, os jovens foram convidados pelos estudantes Vicente Borges Vaz e Gabriela Boettcher Furtado, do 1º ano do Ensino Médio, a refletir sobre os temas. A ação faz parte de um projeto de pesquisa elaborado pela dupla, sob orientação da professora Liliane Frantz.

“Tive o privilégio de acompanhar estes estudantes durante a sua vida escolar e, vê-los hoje, compartilhando seus estudos, conhecimento e pesquisa com os colegas mais novos, me enche de alegria e satisfação. Debates como estes são fundamentais na formação de um ser humano crítico e sensível. O projeto reforça aquilo que já faz parte do nosso fazer pedagógico em todos os níveis”, afirma a educadora.

A estudante Gabriela também reforça o papel das leituras para o desenvolvimento do projeto. “Sem dúvidas o que nos levou a perceber a importância de contribuir para uma pedagogia mais crítica e engajada foram as leituras principais do nosso projeto, que contam com Bell Hooks, autora essencial para entendermos a pedagogia como prática da liberdade, e Paulo Freire, que nos traz o termo “práxis”, ou seja, um conjunto de práticas para a transformação da realidade e produção da história”.

Para Vicente, por meio dos debates eles buscaram entender a não universalidade enquanto etnia branca. “Tocamos na subjetividade de cada estudante sobre o assunto, hipótese que se confirmou com a participação maciça da maioria absoluta dos presentes na sala de aula, evidenciando que é um problema que perpassa tudo e todos”.